Violência Psicológica
Não é preciso levar um tapa para estar em uma relação violenta. Um cara pode espancar a autoestima de uma mulher só com o que ele diz.
O que é?
É toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à auto-estima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui: ameaças, humilhações, chantagem, cobranças de comportamento, discriminação, exploração, crítica pelo desempenho sexual, não deixar a pessoa sair de casa, provocando o isolamento de amigos e familiares, ou impedir que ela utilize o seu próprio dinheiro. Dentre as modalidades de violência, é a mais difícil de ser identificada. Apesar de ser bastante freqüente, ela pode levar a pessoa a se sentir desvalorizada, sofrer de ansiedade e adoecer com facilidade, situações que se arrastam durante muito tempo e, se agravadas, podem levar a pessoa a provocar suicídio. (Brasil, 2001)
Consequências da agressão
As conseqüências negativas
da agressão atingem a saúde física e emocional das mulheres, o bem-estar de
seus filhos e até a conjuntura econômica e social das nações, seja
imediatamente ou a longo prazo, conforme e experiência dos autores e a
bibliografia já citada.
Dentre os quadros orgânicos
resultantes, encontram-se lesões, obesidade, síndrome de dor crônica,
distúrbios gastrintestinais, fibromialgia, fumo, invalidez, distúrbios
ginecológicos, aborto espontâneo, morte.
Muitas vezes, as seqüelas
psicológicas do abuso são ainda mais graves que seus efeitos físicos. A
experiência do abuso destrói a auto-estima da mulher, expondo-a a um risco mais
elevado de sofrer de problemas mentais, como depressão, fobia, estresse
pós-traumático, tendência ao suicídio e consumo abusivo de álcool e drogas.
A violência doméstica,
estupro e abuso sexual na infância estão entre as causas mais comuns de
transtorno de estresse pós-traumático em mulheres. Nesta patologia, a paciente
experimenta sensação muito forte de estar revivendo o evento traumático, assume
conduta evitativa, vive apatia emocional, tem dificuldades para adormecer, se
concentrar e assusta-se com facilidade.
O impacto de tipos
diferentes de abuso e de múltiplos eventos ao longo do tempo parece ser
cumulativo. Para algumas mulheres, o peso destas agressões e sua desesperança
parecem tão intoleráveis que podem levá-las ao suicídio.
As crianças que presenciam a
violência conjugal enfrentam risco mais elevado de apresentarem ansiedade,
depressão, baixo rendimento escolar, baixa auto-estima, pesadelos, conduta
agressiva e maior probabilidade de sofrerem abusos físicos, sexuais ou
emocionais.
Como enfrentar a Violência Psicológica no casamento?
1. O
primeiro passo para sair da agressão psicológica é reconhecendo que está sendo
vítima de violência. Afinal, a maioria dos agredidos não se dá conta que está
sofrendo esse tipo de abuso;
2.
Um processo de autorreconhecimento deve ser feito com o intuito de descobrir como
está sendo a relação e quais são as mentiras que sustentam sua forma de encarar
o amor e o casamento;
3.
Para quem está vivendo um casamento é indispensável evitar os mal-entendidos
nas conversas entre o casal. É importante analisar a forma como está manifestando
seus sentimentos e desejos para com o parceiro;
4. É
importante evitar que as agressões psicológicas desde o início do
relacionamento, para evitar que elas aumentem cada vez mais. Se precisar,
converse com o parceiro sobre o assunto;
5.
Orientar o cônjuge para procurar ajuda de um psicólogo pode ser uma ótima
opção. Converse com ele sobre seus pensamentos em relação a essa situação e
estimule-o a procurar ajuda;
6.
Evite os confrontos, pois podem piorar ainda mais a situação. Procure mostrar
ao parceiro o quanto ele está sendo agressivo nas palavras, evitando os
desentendimentos.
A
agressão psicológica pode ser tão ou pior que a violência física. (Foto:
divulgação).
fonte:http://www.mundodastribos.com/violencia-psicologica-no-casamento-como-enfrentar.html
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